Questões de Português - Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto para Concurso

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Q2448189 Português
Leia o texto a seguir.
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Disponível em: <https://www.gironews.com/farma-cosmeticos/onde-tem-amortem-beleza-53049/>. Acesso em: 04 fev. 2024.

Nesse anúncio publicitário, o texto verbal não segue as prescrições da gramática normativa, pois se emprega o verbo “ter” para substituir o verbo “haver”. Essa reprodução da linguagem oral na escrita, considerando o gênero anúncio, objetiva
Alternativas
Q2437790 Português

Texto 01 (Questões de 01 a 14)

Bibliotecas

Márcio Tavares D'Amaral

A biblioteca de Alexandria foi a maior da Antiguidade. Fundada no século III a.C., teve a missão de engaiolar ao menos um exemplar de todos os livros escritos no mundo. Setecentos mil rolos e papiros foram protegidos pelas suas paredes! Estava aberta a todas as áreas da poderosa inquietação que nos move a ser e saber mais do que temos sabido e sido. Uma fonte, uma torrente, uma gula de inundar desertos. A biblioteca de Alexandria existiu de verdade. E, tendo sido destruída, é também, até hoje, para quem gosta de livros, um mito. A mãe das bibliotecas. A casa dos sábios.

Alguns dos nossos fundadores trabalharam nela e inventaram uma parte da nossa cultura, a que, dizem hoje alguns, perdeu sua força e vai para as gôndolas de perfumaria no megamercado do mundo. Custa crer. Se ela não tivesse sido incendiada, bastaria ir lá, intoxicar-se com o ar de séculos de poeira acumulada, respirar a História e desmentir essa profecia. Mas ela de fato foi incendiada. Setecentos mil livros! Se parássemos um pouco nossas correrias, poderíamos olhar com veneração para essa fogueira. Nela ardem também outras bibliotecas, aposentam-se da vida outros livros. É triste. E tem um sabor de símbolo nessa época voraz de informação. À época do Kindle, biblioteca portátil.

Pensem que Ptolomeu, o grande astrônomo que defendeu a ideia de que a Terra era o centro do universo, trabalhou lá. Como, antes dele, Aristarco de Samos, que, ao contrário, postulava o sol como centro, e a Terra como humilde circuladora em tomo da sua estrela. Não lhe deram ouvidos. Mas seu livro ficou lá, mudamente dando testemunho da verdade. Foi copiado. Escapou assim do incêndio. E cimentou parte do mundo que é o nosso. E Arquimedes? Também ele trabalhou ali. Pode ter encontrado entre suas prateleiras e armários a ideia extraordinária de com uma alavanca e um apoio mover o mundo, A biblioteca de Alexandria era uma alavanca. E um apoio. Moveu o mundo antigo, pai e mãe do nosso. E Euclides, cujo nome por vinte e três séculos, até o nosso XIX, foi sinônimo de matemática. Euclides também. Como Galeno, que frequentou aquelas salas e foi longamente o mestre da medicina. A mim encanta Hipatia. Foi diretora da Biblioteca, astrônoma e matemática. Mas, sobretudo, até o século XX, a única filósofa registrada na nossa corporação. A única mulher filósofa, É incrível. A filosofia é mulher. A solitária Hipatia aponta um dedo acusador para a nossa cultura de machos. Era pagã. Foi morta por cristãos durante uma sublevação. Também isso fala mal de nós. Devíamos pensar um pouco nessas coisas no tempo em que as bibliotecas, dizem, vão em breve se tornar obsoletas. Cabem num Kindle.

O incêndio da biblioteca de Alexandria é de autoria incerta. Já foi atribuído a Júlio César, e estaria envolvido na história de amor do cônsul romano com a rainha Cleópatra do Egito. Amor e poder, incêndio na certa. A história mais cenográfica é a da queima ordenada pelo governador do Egito logo depois da sua conquista pelo califa Omar. Teria sido em 646. E não um incêndio qualquer: os papiros e pergaminhos teriam sido levados para as caldeiras que esquentavam os banhos públicos e queimados lentamente, esquentando a água, dias a fio. Não tanto o incêndio do prédio: a biblioteca ela mesma, os livros, combustível para a água quente dos alexandrinos. Que imagem! Que sofrimento. Mas o mais provável é que o imperador romano a tenha incendiado de fato 50 anos antes, em 595, como ato de guerra. Guerras, destinos mortais de bibliotecas? Em todo caso, feridas no corpo da nossa história. A Inquisição e o Terceiro Reich também queimaram algumas. A leitura é a nossa arma de combate.

Bibliotecas não apenas guardam. Também geram. Quando, no século IX, Carlos Magno quis restaurar o Império do Ocidente destruído pelos germânicos, precisou de livros. A Europa conservara sua memória nas grandes bibliotecas dos mosteiros da Irlanda, Vieram, os monges e os livros. E a Europa começou de novo. E as universidades foram criadas - em torno de bibliotecas, A Universidade de Paris depois se chamou Sorbonne porque o colégio criado por Robert de Sorbon para moradia e lugar de trabalho para estudantes pobres tinha muitos livros. Os livros criaram a Sorbonne. Era assim, então.

Hoje bibliotecas não merecem mais a admiração quase religiosa dos tempos passados. A nossa cultura transforma-se rapidamente numa experiência de estocagem e uso de informação. Arquivamento e consumo. Temos o Kindle. O Kindle é que não haja a menor dúvida, uma das maravilhas da nossa civilização tecnológica. Cabem nele a biblioteca de Alexandria e as dos mosteiros irlandeses, talvez. É verdade. Mas não tem maciez. Não cheira. Não se desfaz, como os livros velhos. Não vive.

Quem tiver uns livros em casa, guarde-os. Se você ainda ama os livros, de fato, conserve-se. São pedaços de História. Podem desaparecer. Podem também salvar.

(Jornal O Globo, Sábado 5.9.2015. Texto adaptado)

Texto 02 (Questões de 15 a 23)

Livros, livros, livros

A velha estante que eu tinha na sala foi embora, substituída por uma outra, mais simples, mas que abriga o dobro de livros da antecessora. O processo da troca me faz pensar muito na nossa relação com os livros. Pois ainda que ler em papel continue sendo uma experiência muito mais completa do que ler em formato digital, e presentear e receber livros continue sendo uma felicidade, guardá-los em casa não é mais tão necessário quanto era antes dos tempos da nuvem.

Guardamos livros por vários motivos: ou porque têm dedicatórias, ou porque gostamos particularmente deles, ou porque nos lembram momentos específicos das nossas vidas. Alguns, todavia, guardamos apenas para garantir o acesso ao seu conteúdo caso tenhamos necessidade disso no futuro; mas, podendo encontrá-los tão rapidamente on-line, fica cada vez mais fácil passá-los adiante.

Nossa relação com os livros está mudando muito rápido, sob todos os aspectos. Quando os primeiros CD-ROMs (lembram deles?) com enciclopédias foram lançados, não botei muita fé na sua universalização. Entendi imediatamente o seu potencial e o que representavam em termos de difusão cultural, mas continuei apegada à minha Britannica e aos dicionários de papel, que me permitiam encontrar, ao acaso, muitas palavras e verbetes interessantes.

Livros de referência e o formato digital foram, sem dúvida, feitos uns para os outros, mas o mesmo não se pode dizer de todos os livros, indistintamente. Quando os primeiros leitores de e-books chegaram ao mercado, muitas matérias foram escritas decretando o fim dos livros em papel. A substituição da velha tecnologia pela nova seria apenas uma questão de tempo, pensava-se, então. Mas o tempo, ele mesmo, tem provado que nada é tão simples: no ano passado, as vendas de livros impressos cresceram mais do que as vendas de e-books.

Na verdade, nota-se menos uma guerra entre os dois formatos do que um convívio bastante pacífico. Quem gosta de ler compra impressos e e-books indistintamente. Muitas vezes, o mesmo título acaba sendo comprado duas vezes pelo mesmo leitor, em papel para ficar em casa, em formato eletrônico para poder ser levado pata cá e para lá. Cheguei à conclusão de que continuo gostando mais dos meus livrinhos em papel, mas também adoro o meu Kindle, cada vez mais bem recheado.

(RÓNAI, Cora. “Livros, livros, livros". In: Jornal O Globo. Terça-feira 8.9.2015, p. 11. Texto adaptado)

Texto 03 (Questões 24 e 25)

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Disponível em: <<https://memetizando.com.br/>>. Acesso em 11 out 2022.

De acordo com os textos 01, 02 e 03, é possível inferir que:

Alternativas
Q2437789 Português

Texto 03 (Questões 24 e 25)

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Disponível em: <<https://memetizando.com.br/>>. Acesso em 11 out 2022.


De acordo com a leitura progressiva do texto 03, é INCORRETO afirmar que:

Alternativas
Q2432216 Português

O texto IV serve de base para as questões 8 e 9.

TEXTO IV

COMO AS REDES SOCIAIS PODEM SER ALIADAS DA EDUCAÇÃO?

1 Quando o assunto é o uso das redes sociais na educação, é preciso reconhecer o potencial delas

como plataformas para compartilhar conhecimento. Tanto é que educadores buscaram alternativas

para priorizar o processo de ensino e aprendizagem dos alunos durante o Ensino Remoto na

pandemia.

5 De acordo com levantamento publicado pela empresa Comscore sobre educação on-line nas

plataformas digitais a partir das mudanças originadas pela pandemia, mais de 98% das pessoas que

consomem a categoria educação acessam o YouTube. Além disso, quase 86% utilizam o Facebook

e 83% visitam o Instagram.

De fato, o Facebook marcou o início de uma nova era quando foi lançado, em 04 de fevereiro de 2004,

10 assim como revolucionou a forma como as pessoas se relacionam. Atualmente, é considerado a

maior rede social do mundo, com cerca de 2,91 bilhões de usuários ativos mensais. Nesse sentido,

abriu portas para outras redes sociais com diferentes propostas. Afinal, você consegue pensar na

sua rotina diária sem o uso do WhatsApp para se comunicar ou do YouTube para assistir a vídeos?

Algumas das razões para o maior uso das redes sociais na educação são a facilidade de compartilhar

15 conteúdos, o potencial informativo, as possibilidades de exploração do espaço virtual enquanto

extensão da sala de aula e o desenvolvimento de competências tecnológicas. Além disso, elas são

exemplos de novas sinergias que podem surgir entre os membros da comunidade educativa.

“Todas as redes sociais podem ser incluídas nos projetos pedagógicos se houver um preparo para

isso. Para que isso se efetive, é fundamental investir na formação de professores em educação

20 midiática, informacional e digital, além de equipar as escolas com os recursos necessários”, afirma

Patrícia Blanco, presidente-executiva do Instituto Palavra Aberta, responsável pelo EducaMídia.

IMPACTOS DAS REDES SOCIAIS NA EDUCAÇÃO

25 O uso de redes sociais na educação é uma maneira de construir a relação aluno-professor por

meio de trocas de experiências e informações.

“As redes vão ser aliadas no ensino durante a orientação e mentoria dos estudantes sobre como

aproveitá-las para uma aprendizagem intencional, bem como podem inspirar professores a

descobrir oportunidades de ensino significativas. Para isso, é necessário trazer o contexto da rede

30 social para o dia a dia do ensino, porque a aprendizagem só vai ser significativa se o estudante

enxergar valor naquilo”, afirma Bianca Leite Dramali, doutora em Comunicação e professora de

Estratégia e Internet.

Patrícia Blanco reforça as vantagens da tecnologia na educação. Entretanto, alerta sobre as

possíveis desvantagens do uso inadequado.

35 “São ferramentas poderosas para a disseminação de conhecimento, mas também de mensagens

mentirosas. Por isso, as redes sociais na educação devem ser incluídas em diversas disciplinas para

que crianças e jovens aprendam a fazer uso consciente”, declara.

Muitos alunos são considerados nativos digitais, o que significa que a tecnologia faz parte do seu

cotidiano. Logo, o processo de aprendizagem pode se tornar mais dinâmico e centralizado no

40 estudante com o uso da tecnologia e das redes sociais na prática pedagógica.

De acordo com Bianca Leite, o uso das redes sociais na educação pode possibilitar outros benefícios.

Por exemplo, facilitar a comunicação, aumentar o senso de comunidade educativa, estimular a

colaboração entre alunos e o desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comunicação

(TIC).

45 "Um dos maiores desafios da educação no mundo das mídias sociais é entender que a educação

vai além do conteúdo. É preciso se valer dessa imersão para desenvolver habilidades como a

capacidade crítica, a resolução de problemas, e não apenas o conteúdo”, explica a professora.

Fonte: https://fundacaotelefonicavivo.org.br/noticias/redes-sociais-educacao-aula/ (Adaptado) Acesso em: 08 nov 2022.

TEXTO II

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Fonte: https://www.estudioceliobarbosa.com.br/2014/08/0mar-ciano.html. Acesso em 12/12/2022.

Em textos de opinião, um importante recurso para apresentação de posicionamentos diante daquilo que se fala é a modalização. Sobre os modalizadores discursivos do texto II, é CORRETO afirmar que:

Alternativas
Q2429394 Português

INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 02 a seguir e responda à questão que a ele se refere.


Texto 02


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Disponível em: https://www.facebook.com/quebrandootabu. Acesso em: 18 abr. 2023.


De acordo com o texto, “glamourizar a grosseria” é

Alternativas
Respostas
1: D
2: D
3: E
4: D
5: B