Questões de Português - Figuras de Linguagem para Concurso

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Q2499139 Português

Texto II


 Eu não tinha este rosto de hoje,

Assim calmo, assim triste, assim magro,

Nem estes olhos tão vazios,

Nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,

Tão paradas e frias e mortas;

Eu não tinha este coração

Que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,

Tão simples, tão certa, tão fácil:

— Em que espelho ficou perdida

a minha face?


Cecília Meireles

Ao longo do texto, pode-se notar a repetição de termos como “eu”, “nem” e “tão”, com o objetivo de oferecer destaque à mensagem, chamando a atenção para algum trecho ou elemento poético, que consiste numa figura de linguagem denominada: 
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Q2496675 Português
Os avanços da tecnologia e seus impactos na educação



       Vivemos em tempos de rápidas mudanças e evoluções tecnológicas que impactam de forma significativa as mais diversas esferas da sociedade, entre elas a educação. Utilizada com sabedoria, ela nos permite adquirir novos conhecimentos e potencializa o aprendizado ao longo da vida.

       Para entender o impacto da tecnologia e de seus avanços no setor educacional, não precisamos olhar muito longe. Muitos de nós, ao cursar o ensino básico e/ou superior, dependíamos de livros físicos e enciclopédias para realizarmos pesquisas e consultas. Hoje, com um simples toque no celular, estudantes têm acesso a uma infinidade de conteúdos, artigos, vídeos explicativos e inúmeros recursos em questão de segundos. Essa facilidade e praticidade inovaram a forma de estudar, principalmente a partir da Geração Z, e trouxeram ainda mais possibilidades de explorar e se aprofundar em incontáveis tópicos que serão vistos pela Geração Alfa e posteriores.

        Uma das maiores críticas relacionadas ao uso desse sistema para o aprendizado se diz respeito à falta de moderação na consulta por parte dos estudantes. Ou seja, as ferramentas que deveriam ser utilizadas como uma forma de orientação e ampliação de conhecimento muitas vezes são recorridas para cópia de textos e respostas sem qualquer intenção de real análise crítica e/ou absorção de conhecimento. No entanto, limitar esse problema à tecnologia seria uma ideia equivocada, uma vez que plagiar um conteúdo não é algo novo, a única diferença é a facilidade com que isso pode ser feito por meio do uso de Inteligência Artificial. Por outro lado, esses mesmos avanços tecnológicos foram responsáveis por democratizar e ampliar o acesso a informações didáticas sobre as incontáveis áreas do conhecimento.

     Incorporar esses recursos em aula mostrou-se muito mais eficiente para a aprendizagem, ao passo em que proporciona mais interatividade, autonomia e variedade de metodologias para os estudantes, o que beneficia a experiência individual dos mesmos e aumenta sua produtividade em sala de aula.

        Atualmente, existem até mesmo grupos e comunidades em redes sociais voltadas para os estudos e para o aprendizado. Internautas utilizam desses espaços digitais para trocarem conhecimentos, tirarem dúvidas entre si, compartilharem técnicas para melhor aproveitamento, superando barreiras geográficas e sociais. Tal possibilidade, se imaginada três décadas atrás, seria vista como um cenário praticamente utópico e transformador para a esfera educacional. Hoje, a vivenciamos em tempo real. Por que não aproveitar dessa realidade em todo o seu potencial?

     Foi esse um dos questionamentos que motivaram a criação da Workalove, com a missão de guiar as instituições de ensino a explorarem a riqueza de seus dados e conexões, por meio de uma plataforma que serve como um elo entre elas, estudantes e empresas. Com toda tecnologia utilizada, é possível criar um ambiente em que as tendências do mercado de trabalho sejam aplicadas em sala de aula, preparando de forma mais efetiva o aluno para sua carreira profissional, já que a porta ainda é estreita para a inserção dos jovens no mercado de trabalho.

    À medida que o estudante alimenta a plataforma com dados específicos, os algoritmos aprendem sobre a personalidade, interesses e valores, para que as instituições recomendem não só os cursos mais alinhados ao perfil dele, mas também as atividades extracurriculares que irão aumentar o potencial de empregabilidade para este usuário. Toda essa inteligência contribui não somente para um programa completo de desenvolvimento de carreira, mas com autoconhecimento, mentoria, networking, curadoria de conteúdos, recomendações das vagas públicas e privadas, acadêmicas e empreendedoras que se enquadram ao candidato.

     Atualmente, mais de 1 milhão e 300 mil estudantes estão sendo impactados pela cultura de carreira da Workalove e os frutos desse processo serão colhidos por toda a sociedade, que poderá contar com profissionais capacitados e atualizados. Aliar a tecnologia à educação, portanto, traz benefícios que incluem e não se limitam à aprendizagem, mas também aos resultados e, principalmente, ao futuro. 



(Fernanda Verdolin. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/os-avancos-da-tecnologia-e-seus-impactos-na-educacao/.Acesso em: 30/01/2024.)

“[...] já que a porta ainda é estreita para a inserção dos jovens no mercado de trabalho.” (6º§) A expressão “porta estreita” está empregada no sentido figurado e se trata da seguinte figura de linguagem:
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Q2496504 Português
TEXTO PARA A QUESTÃO.

"Quando nasce um filho, nasce uma mãe e uma culpa"  

Nasce também a cobrança de quem sabe que não pode realizar os sonhos e todas as vontades, nem as suas, nem as dos filhos  

Regina Teixeira da Costa | 19/05/2024  

     As redes sociais no Dia das Mães bombaram. Zilhões de mensagens esperadas, afinal somos todos filhos. E, muitas de nós, mães. Portanto, nesse dia, expressamos os melhores sentimentos e homenagens àquela que nos deu à luz. 

      E não apenas nos pariu, foi além: nos adotou e amparou. Nem todas puderam manter consigo a sua cria, mas aquelas que as acolheram e as aqueceram com o calor de seu corpo, as amamentaram, falaram com elas, transmitindo a linguagem, as humanizou. A linguagem humaniza.
 
     Enfim, assumiram a maternidade e padeceram no paraíso, dizem. Mas o que isso quer dizer? Quer dizer que ser mãe não é fácil, pois implica assumir o cuidado e a responsabilidade de um ser indefeso, prematuro, que ainda dependerá dela por muitos anos, antes de se tornar um adulto independente. 

     As mensagens eram afetivas e emocionadas nos lembrando os melhores momentos desta relação da vida toda. A hora é de festejar e de comemorar tudo que recebemos para ser o que somos e o resultado de todo esse cuidado que nos fez crescer.

    Lendo os conteúdos das postagens, parece que as coisas correram sempre de modo ideal. A maternidade é uma relação sacralizada. E de repente a gente esquece os momentos difíceis e se lembra só da parte boa. Mas quem é mãe, tanto para quem é filho, sabe que as mães não são perfeitas, são de carne e osso e muitas vezes estão exaustas, sobrecarregadas e até impacientes. Quando nasce um filho, nasce uma mãe e uma culpa. Uma cobrança de quem sabe que não pode realizar os sonhos e todas as vontades, nem as suas, nem as dos filhos.
   Sem dúvida, um olhar determina o lugar da criança. [...] Desde bebê, no olhar da mãe, a criança se reconhece de corpo inteiro, e esse momento é de júbilo, porque ele assimila ser ele próprio ali na imagem.

   Filhos não são uma encomenda que escolhemos conforme nosso agrado. São muito mais pessoas que, crescendo, nos surpreendem e, ao longo dos anos, vamos conhecendo e entendendo. Eles não são o que se espera.

   Como filhos, muitas vezes precisamos, para afirmar quem somos, decepcionar expectativas e o desejo de nossos pais. Precisamos contrariar o que planejaram para nosso futuro, porque esse futuro quem decide é o próprio sujeito. Sendo outra pessoa, nunca poderá viver para realizar sonhos alheios, o que, para muitos pais, é difícil de aceitar, e, para os filhos, é difícil de praticar. Assumir o próprio desejo é um ato que implica uma separação. Ou não seria possível, para nenhum de nós, filhos, ter vida própria e aprender a viver segundo nosso desejo. Nem os pais podem tudo, nem os filhos; somos pessoas comuns e limitadas que não têm resposta para tudo.  

    Embora saibamos das dificuldades atravessadas por todas as mães e os filhos desde o nascimento até a vida adulta – e mesmo depois que cada filho, tendo conquistado sua independência, saia da família de origem para viver a própria vida, formar seu núcleo familiar ou mesmo uma produção independente –, quando a relação foi minimamente satisfatória, guardamos carinho e respeito. E também algumas mágoas e arrependimentos, mas a vida é isso... saber superar.

    Não importa como nasce cada filho; quando nasce um filho, nasce uma mãe. E cada filho experimentará emoções, dificuldades e alegrias. Portanto, é justo que celebremos também o dia ________ ganhamos a vida.


COSTA, Regina Teixeira da. "Quando nasce um filho, nasce uma mãe e uma culpa". Estado de Minas, 19 de maio de 2024. Disponível em: https://www.em.com.br/colunistas/regina-teixeira-dacosta/2024/05/6860186-quando-nasce-um-filho-nasce-uma-mae-e-uma-culpa.html. Acesso em: 19 mai. 2024. Adaptado.  
A figura de linguagem que se manifesta no trecho “Lendo os conteúdos das postagens, parece que as coisas correram sempre de modo ideal.” (5º parágrafo) pode ser considerada um exemplo de:  
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Q2494836 Português

Enumere a coluna 2 de acordo com a coluna 1. 


Coluna 1 Frases


1. Gosto dos seus livros, mas acho difícil ler Érico Veríssimo.

2. Para a receita do molho, picou vários dentes de alho.

3. Gustavo é um pavão de tão exibido.

4. O rio Purus, na Amazônia, é sinuoso feito uma cobra. 


Coluna 2 Figuras de Linguagem


( ) metáfora

( ) comparação

( ) metonímia

( ) catacrese


Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

Alternativas
Ano: 2024 Banca: Creative Group Órgão: Prefeitura de Brasileira - PI Provas: Creative Group - 2024 - Prefeitura de Brasileira - PI - Técnico de Enfermagem | Creative Group - 2024 - Prefeitura de Brasileira - PI - Educador Físico | Creative Group - 2024 - Prefeitura de Brasileira - PI - Enfermeiro ESF | Creative Group - 2024 - Prefeitura de Brasileira - PI - Fisioterapeuta | Creative Group - 2024 - Prefeitura de Brasileira - PI - Médico ESF | Creative Group - 2024 - Prefeitura de Brasileira - PI - Assistente Social | Creative Group - 2024 - Prefeitura de Brasileira - PI - Supervisor do Programa Criança Feliz | Creative Group - 2024 - Prefeitura de Brasileira - PI - Cirurgião Dentista da ESF | Creative Group - 2024 - Prefeitura de Brasileira - PI - Nutricionista | Creative Group - 2024 - Prefeitura de Brasileira - PI - Psicólogo | Creative Group - 2024 - Prefeitura de Brasileira - PI - Médico Veterinário | Creative Group - 2024 - Prefeitura de Brasileira - PI - Técnico de Saúde Bucal | Creative Group - 2024 - Prefeitura de Brasileira - PI - Operador de Máquina | Creative Group - 2024 - Prefeitura de Brasileira - PI - Entrevistador Social | Creative Group - 2024 - Prefeitura de Brasileira - PI - Motorista AB | Creative Group - 2024 - Prefeitura de Brasileira - PI - Motorista D | Creative Group - 2024 - Prefeitura de Brasileira - PI - Motorista de Ambulância | Creative Group - 2024 - Prefeitura de Brasileira - PI - Agente Administrativo | Creative Group - 2024 - Prefeitura de Brasileira - PI - Agente Comunitário de Saúde | Creative Group - 2024 - Prefeitura de Brasileira - PI - Visitador do Programa Criança Feliz | Creative Group - 2024 - Prefeitura de Brasileira - PI - Contador |
Q2489977 Português

LEIA O TEXTO E RESPONDA A QUESTÃO SEGUINTE.

Que pipoquem experimentos!

        A vida me ensinou que não existe nada mais inútil que projeções futurológicas: o final é sempre outro… Mas pediram que eu me aventurasse… Assim, o que vou fazer é indicar algumas das tendências “escolares” que vejo no presente e imaginar seu destino futuro.
        Em primeiro lugar há “escola tradicional”. A “escola tradicional” se caracteriza por ser baseada em “programas” em que os saberes, organizados numa determinada ordem, são estabelecidos por autoridades burocráticas superiores ausentes. Os professores sabem o programa e o ensinam. Os alunos não sabem e devem aprender.
        Os alunos são agrupados em turmas independentes que não se comunicam umas com as outras. A atividade de pensar é fragmentada em unidades de tempo chamadas aulas, que também não se relacionam umas com as outras. Livros-texto garantem a uniformidade do ensino. A aprendizagem é avaliada numericamente por meio de testes.
        As “escolas tradicionais”, como todas as instituições, são dotadas de mecanismos para impedir as mudanças. Muitas das “escolas tradicionais” são estatais, o que significa garantia de segurança, por meio de um emprego vitalício. Mas, como se sabe, a segurança põe a inteligência a dormir.
        Prevejo que, daqui a 25 anos, essas escolas estarão do mesmo jeito, talvez pintadas com cores mais alegres.
        Mas, de repente, os saberes começaram a pulular fora dos limites da “escola tradicional”. Circulam livres no ar —sem depender de turmas, salas, aulas, programas, professores, livros-texto—, dotados do poder divino da onipresença: o aprendiz aperta um botão e viaja instantaneamente pelo espaço.
        O aprendiz se descobre diante de um mundo imenso, onde não há caminhos predeterminados por autoridades exteriores. Viaja ao sabor da sua curiosidade, quer explorar, experimenta a surpresa, o inesperado, a possibilidade de comunicação com outros aprendizes companheiros de viagem.
        Mas o fato é que ele se encontra diante de uma tela de computador. É um mundo virtual. Trata-se apenas de um meio. E é somente isso, essa alienação da realidade vital, que torna possível a sua imensidão potencialmente infinita. Mas, como disse McLuhan, “o meio é a mensagem”. E a “massagem”… 
        Há o perigo de que os fins, a vida, sejam trocados pelo fascínio dos meios —mais seguros e mais extensos. Fascinante esse novo espaço educativo. Não é preciso ser profeta para prever que ele irá se expandir além daquilo que podemos imaginar, especialmente em se considerando a sua ligação com interesses econômicos gigantescos. Mas é preciso perguntar: “Qual é o sentido desses meios para os milhões de pobres que não têm o que comer? E quais serão as consequências do seu fascínio virtual?”.
        Há, finalmente, um florescimento de experimentos educacionais alternativos.
        Por oposição ao conhecimento virtual, essas experiências de aprendizagem se constroem a partir dos problemas vitais com que os alunos se defrontam no seu cotidiano, no seu lugar, na sua particularidade. Não há programas universais definidos por uma burocracia ausente porque a vida não é programável.
        Os desafios que enfrentam as crianças nas praias de Alagoas, nas favelas do Rio, nas matas da Amazônia e nas montanhas de Minas não são os mesmos. Além dos saberes que porventura venham a ser aprendidos, esses experimentos buscam o desenvolvimento da capacidade de ver, de maravilharse diante do mundo, de fazer perguntas e de pensar.
        Tenho a esperança de que esses experimentos continuarão a pipocar, porque é neles que o meu coração se sente esperançoso.


(Rubem Alves)
‘‘O aprendiz se descobre diante de um mundo imenso, onde não há caminhos predeterminados por autoridades exteriores. Viaja ao sabor da sua curiosidade, quer explorar, experimenta a surpresa, o inesperado, a possibilidade de comunicação com outros aprendizes companheiros de viagem’’.

A figura de linguagem predominante no trecho acima é a:
Alternativas
Respostas
11: C
12: A
13: A
14: E
15: A